Família descobre morte de parente após dois meses pelo Facebook

Após dois meses de tentativas de contato, familiares do estudante brasiliense Matheus Pantuzzo Braga, 28 anos, descobriram que o rapaz estava morto desde dezembro do ano passado, em Curitiba (PR). O corpo permaneceu em uma sala do Instituto Médico Legal (IML) da capital paranaense durante o período. Os parentes só souberam do fato por meio de postagens em uma rede social.

Corpo de Matheus Pantuzzo Braga ficou em uma sala do IML de Curitiba. Parentes foram achados por postagens na internet (Foto: Arquivo Pessoal)

O corpo de Matheus foi encontrado em uma pensão no dia 23 de dezembro. No IML, funcionários tentaram entrar em contato com familiares, sem sucesso.

No início de janeiro, um perfil do Facebook, identificado por “Ingestigador Marcelo” passou então a postar mensagens em publicações do estudante, com intuito de avisar algum conhecido.

“Algum amigo que conheça a família dele? Cadê os amigos??? Tenho uma notícia triste pra dar”, dizia uma das primeiras mensagens postada como resposta a uma publicação do próprio Braga na qual ele convocava amigos a pegarem “uma das 17 milhões cartinhas de crianças e ser o Papai Noel delas”.

No final de fevereiro, os familiares foram finalmente encontrados e puderam ter acesso ao corpo. Os parentes teriam explicado no IML que a demora ocorreu porque o estudante não costumava manter contato.

De acordo com o responsável pela pensão, o jovem estava com o aluguel do quarto atrasado e já havia vendido alguns pertences. A suspeita da polícia é de que o rapaz, que estudava Gerenciamento de Projetos, tenha cometido suicídio.

O corpo do jovem foi liberado no dia 3 de março e cremado em São José dos Pinhais (PR) no mesmo dia. A conta do “Ingestigador Marcelo” foi desativada.


Texto por Metropoles DF